A abordagem da Polícia Rodoviária Federal a uma mulher que teria chamado Jair Bolsonaro (Sem partido) de "noivinha do Aristide" foi feita por determinação do próprio presidente, segundo o boletim de ocorrência registrado neste sábado (27).
Leia também:
“Noivinha do Aristides”: Xingamento a Bolsonaro levou mulher à prisão; entenda por que
Segundo o boletim, o presidente estava na via Dutra por volta das 9h quando uma mulher que viajava como passageiro de um carro que passava pela pista "gritou palavras de calão direcionadas a ele mais especificamente berrou ‘Bolsonaro filho da p…, em atitude de tamanho desrespeito".
De acordo com o boletim, a equipe da escolta abordou o veículo "mediante determinação do próprio sr. Presidente" e enquadrou a autora da injúria nas "devidas cominações legais e qualificou os demais ocupantes."
O documento foi consultado pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, que não cita se o motivo da abordagem teria sido Bolsonaro ser chamado de "noivinha do Aristide".
Em nota divulgada pelos advogados Marcello Martins dos Santos e Luiz Augusto Guimarães à coluna Painel, da Folha nesta terça-feira (30), a mulher que foi alvo de pedido de detenção por parte do presidente afirma que não usou em nenhum momento a expressão "noivinha do Aristides".
Nesta segunda-feira (29), "noivinha do Aristides", "xingamento" que teria provocado a reação enérgica de Bolsonaro, foi ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter.
Segundo informações que circulam na redes, o "sargento" Aristides teria sido instrutor de judô à época em que Jair Bolsonaro cursou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).
De acordo com Toni Bulhões, a revelação teria sido por Jarbas Passarinho, que foi ministro durante a Ditadura Militar e, como senador já na República, desprezava Bolsonaro.
"Aristides era o sargento em cuja cama, segundo Jarbas Passarinho, o então tenente ia chorar as mágoas, nas noites quentes de verão dos aquartelados", diz o tuite.
Atualização no dia 30/11