Em mais um evidente desrespeito à população, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) ironizou, nesta quinta-feira (25), o veto ao projeto que previa distribuição gratuita de absorventes a pessoas em situação de vulnerabilidade social.
"Não sabia, a mulher começou a menstruar no meu governo. No governo do PT não menstruava, no do PSDB não menstruava também", disse durante conversa com apoiadores na frente do Palácio do Planalto.
Ele voltou, também, a afirmar que o projeto não apresentava de onde viria a fonte de recursos, apesar da proposta afirmar que o dinheiro viria do montante destinado pela União ao Sistema Único de Saúde (SUS) – e, no caso das presidiárias, do Fundo Penitenciário Nacional.
"O cara apresenta um projeto, mas não apresenta fonte de recurso. Se eu sanciono, se não tiver de onde vem o recurso, é crime de responsabilidade (...) Se o PT voltar as mulheres vão deixar de menstruar e está tudo resolvido", afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro chama PL dos absorventes de “auxílio Modess”
Esta não é a primeira vez que o presidente debocha do projeto de lei. Em live feita nas redes sociais em outubro, ele chamou a proposta de “auxílio Modess”, em referência à antiga marca de absorventes e que, atualmente, carrega conotação pejorativa.
"Vamos lá, Parlamento, vamos derrubar o veto que eu cumpro aqui… A gente vai se virar e vamos estender o auxílio Modess, é isso mesmo? Auxílio Modess? Absorvente para todo mundo”, disparou Bolsonaro.
“Eu vou dar a solução: É só o Congresso derrubar o veto, que eu sou obrigado a sancionar. Vamos tirar um pouquinho de cada coisa, de cada ministério. Não vai ser gratuito, vai custar pelo menos R$ 300 milhões e não vou criar imposto. A imprensa vai bater em mim falando que eu cortei recursos, mas não vai falar porque. Estou torcendo que o Parlamento derrube o veto”, completou.