Freixo aciona MPF por troca de delegado que investigava Jair Renan, o 04 de Bolsonaro

Paulo Maiurino, diretor da PF, dispensou Hugo de Barros, superintendente do Distrito Federal, que também atende demanda do inquérito das fake news. Atrito teria começado na operação contra Ricardo Salles.

Jair Bolsonaro com os filhos Flávio, Carlos, Eduardo e Jair Renan (Reprodução)Créditos: Reprodução/Twitter
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O deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) anunciou neste sábado (9) que acionou o Ministério Público Federal (MPF) pedindo investigação sobre a troca promovida por Paulo Maiurino, diretor da Polícia Federal, na Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, responsável pelas investigações contra Jair Renan Bolsonaro, o filho 04 de Jair Bolsonaro.

"Acionei o MPF p/ questionar a troca do delegado que comanda a PF no DF, onde estão casos de interesse da família Bolsonaro, como a investigação sobre fake news, ataques à urna eletrônica, organização de atos golpistas e tráfico de influência de Jair Renan", tuitou Freixo.

https://twitter.com/MarceloFreixo/status/1446864744531603457

Edição extra do Diário Oficial da União na noite desta sexta-feira (8) confirmou a dispensa da função do delegado Hugo de Barros Correia e designou para o cargo de superintendente regional da PF no Distrito Federal o delegado Victor Cesar Carvalho dos Santos.

O delegado será responsável por coordenar os núcleos investigativos onde Jair Renan responde por tráfico de influência e lavagem de dinheiro por fazer lobby por um grupo empresarial do setor de mineração.

A superintendência do DF também é responsável pelas demandas do inquérito das fake news, conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que tem como alvo a milícia virtual que propaga fake news e discurso de ódio pró-Bolsonaro nas redes.

Segundo reportagem de Fausto Macedo, no jornal O Estado de S.Paulo, Maiurino cortou o diálogo com Hugo de Barros desde a operação que teve como alvo o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O diretor da PF estava descontente com o delegado por não ser informado antecipadamente sobre as ações que seriam desencadeadas na superintendência. A troca teve aval do ministro da Justiça, Anderson Torres.