A agência Fields apresentou ao Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro a proposta uma peça de marketing para a campanha da vacinação contra a Covid-19 estrelada por Fábio Júnior cantando a música "Ai, que saudade d'ocê", de Vital Farias. A informação é da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo desta sexta-feira (8).
No entanto, o cantor e compositor paraibano não deve estar ciente do uso de um dos seus principais sucessos na proposta de campanha - e não não vai ficar nada feliz quando souber.
Aos 77 anos, Farias foi candidato duas vezes ao Senado Federal por partidos que integram o campo progressista. Em 2006, o músico saiu candidato pelo PSOL e ficou em terceiro lugar no estado, com 99.966 votos.
Em 2010, Farias se candidatou mais uma vez, desta vez pelo PCB. O músico no entanto teve um desempenho inferior ao da eleição anterior, ficando em quarto lugar, com 56 mil votos.
NO entanto, o músico deu uma guinada em sua visão política e tornou-se crítico do "comunismo" e apoiador de Jair Bolsonaro nas redes sociais.
Em publicação no dia 18 de agosto de 2020, Vital Farias compartilha um link do site bolsonarista Terça Livre, comandado por Allan dos Santos, e escreve que a "CNBB apoia o comunismo", que a "China criou esse vírus e soltou nos 4 cantos do mundo" e que "Lula é comunista, por isso roubou e foi preso".
Segundo Lauro Jardim, a campanha encantou o marqueteiro Markinhos Marques, que não tem contrato de trabalho no governo, mas despacha no Ministério da Saúde com o aval de Eduardo Pazuello.
