Irritado com o anúncio da reestruturação no Banco do Brasil, que prevê o fechamento de 361 unidades e a demissão de 5 mil funcionários, no mesmo dia em que a Ford anunciou o fechamento das fábricas no Brasil, Jair Bolsonaro (Sem Partido) já estaria buscando um nome para substituir André Brandão na presidência do banco estatal.
Oficialmente, o banco nega a informação. Mas, Bolsonaro já teria ameaçado Brandão, que busca se sustentar no cargo com o apoio do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ex-presidente do HSBC, Brandão substituiu há seis meses Rubem Novaes, que deixou a presidência do Banco do Brasil reclamando das dificuldades que encontrou para privatizar a instituição.
Em mensagem demissionária a Guedes, Novaes manifestou ma “profunda indignação com a cultura política prevalecente em Brasília, onde não interessa o liberalismo” como um dos principais motivos para abandonar o posto.
Em entrevista, ele disse ainda que "os liberais em Brasília são como um vírus tentando penetrar num organismo hostil com anticorpos poderosos”.
Ao deixar o cargo, Novaes defendeu a escolha de um dos vice-presidentes do próprio banco para o seu lugar, como Fábio Barbosa e Mauro Ribeiro Neto. Guedes, no entanto, alegou que queria alguém de “mercado”.