Em visita fora da agenda oficial, Jair Bolsonaro esteve na sede do Batalhão de Operações Especial (Bope), no Rio de Janeiro, onde foi homenageado e lembrou "caras familiares que nos deixaram combatendo o mal".
"Não tenho como atender tudo o que precisam, nem aqui [inaudível], algumas caras são familiares para mim. Outras não mais as vejo porque nos deixaram combatendo o mal. É isto que marca a nossa proximidade. O meu risco de morte é bem menor que o de vocês, mas as pressões psicológicas se fazem presente no dia a dia", afirmou Bolsonaro em discurso improvisado.
Em 2005, Bolsonaro homenageou o miliciano e ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, em discurso na Câmara dos Deputados e, mais recentemente, fevereiro, disse que o "caveira", que seria o líder do Escritório do Crime, braço armado da milícia de Rio das Pedras que estaria envolvido no assassinato de Marielle Frando, era um "herói".
“Não tem nenhuma sentença transitada em julgado condenando o capitão Adriano por nada. Sem querer defendê-lo. Desconheço a vida pregressa dele. Naquele ano (2005), era herói da Polícia Militar. Como é muito comum um PM, quando está em operação, mata vagabundo, traficante”, disse o presidente na ocasião.
Humildade
Junto aos policiais do Bope, Bolsonaro disse ainda que existe uma "afinidade muito grande entre nós" e destacou a própria humildade para se dirigir ao batalhão.
"Tenho orgulho e honra de estar aqui. Nada sobe na minha cabeça. Uma humildade com Deus acima de tudo", disse.
O discurso foi publicado nas redes pelo deputado federal Major Vitor Hugo, ex-líder do governo no Congresso, que viajou com Bolsonaro para cumprir agenda no Rio de Janeiro.