Os grupos bolsonaristas “300 do Brasil”, “Patriotas” e “QG Rural” utilizavam para reuniões e treinamento paramilitar a chácara alvo de uma operação de busca e apreensão pela Polícia Civil do Distrito Federal, neste domingo (21).
Na chácara, localizada na região de Arniqueira, que fica a 22 quilômetros de Brasília, foram encontrados e recolhidos fogos de artifício, planos de ação para protestos, um facão, um cofre, celulares, entre outros objetos, que seriam usados em manifestações antidemocráticas. As informações são de Andréia Martins, do UOL.
“A gente acredita que esse acampamento era utilizado pelo grupo para reuniões e treinamentos, assim como naquele acampamento, na região de Rajadinha, onde que o grupo declarava fazer treinamentos paramilitares, de inteligência e outros”, declarou o delegado Leonardo Castro, chefe da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), em coletiva de imprensa, nesta segunda (22).
“Os suspeitos já disseram que guardam armas e, durante a semana, declararam que na manifestação de domingo haveria uma grande surpresa para os governantes. Isso fez a polícia apressar a realização de buscas, acrescentou Castro.
“Ainda não sabemos precisar há quanto tempo eles estavam no novo endereço”, destacou o delegado. Entre o material encontrado, um caderno de anotações chamou atenção dos policiais. De acordo com Castro, parece ser uma espécie de prestação de contas, “o que pode levar a uma investigação sobre os financiadores dos grupos”.
Dono da chácara
O empresário goiano André Luiz Bastos Paula Costa, apontado como proprietário da chácara, será investigado. “O dono do imóvel é integrante de um desses grupos, o que pode ser um indício de que ele seja um dos financiadores, justamente por disponibilizar o imóvel ao grupo”, disse o delegado.
Costa já é alvo de investigações por ameaçar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em vídeos publicados nas redes sociais.