Pouco mais de uma semana do que classificou como "dia mais triste" da sua vida, ao pedir demissão do governo Jair Bolsonaro, Nelson Teich foi às redes sociais declarar que recusou o convite feito pelo general Eduardo Pazzuello para atuar como conselheiro dos militares no Ministério da Saúde.
"Agradeço ao Ministro Interino Eduardo Pazuello pelo convite para ser Conselheiro do Ministério da Saúde, mas não seria coerente ter deixado o cargo de Ministro da Saúde na semana passada e aceitar a posição de Conselheiro na semana seguinte", tuitou Teich.
Em sequência de tuítes, o ex-ministro disse que assumiu o ministério para fazer um "modelo de gestão mais técnica". No entanto, Teich deixou o comando da pasta menos de um mês após assumir por discordar das imposições de Bolsonaro em relação ao uso da coloroquina para tratamento da Covid-19.
"Quando assumi o MS, o objetivo era trazer um modelo de gestão mais técnica, que aumentasse a eficiência do Sistema e melhorasse o nível de saúde da sociedade. Ser mais técnico não significa apenas uma condução médica mais técnica. Isso seria tratar o problema de forma simplista", afirmou, antes de desejar boa sorte ao interino.