Advogados e ativistas internacionais querem levar Bolsonaro à Corte de Haia por ecocídio

“Ele (Bolsonaro) se tornou o garoto-propaganda para a necessária qualificação do crime de ecocídio”, declarou Jojo Mehta, uma das fundadoras do Stop Ecocide

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O descaso com o meio ambiente, o incentivo ao desmatamento e a falta de iniciativa do governo de Jair Bolsonaro para combater os inúmeros incêndios na Amazônia motivaram um grupo de advogados e ativistas a ter uma ideia radical. Eles pretendem que daqui a alguns anos Bolsonaro seja mandado à Corte de Haia para ser julgado por ecocídio, que representa a destruição intencional e indiscriminada do meio ambiente. Eles aguardam que o crime seja considerado tão grave quanto outros contra a humanidade, de acordo com informações do The New York Times. “Ele (Bolsonaro) se tornou o garoto-propaganda para a necessária qualificação do crime de ecocídio”, declarou Jojo Mehta, uma das fundadoras do Stop Ecocide, movimento que busca dar ao Tribunal Penal Internacional (TPI) jurisdição para processar líderes mundiais e empresas que provoquem danos ao meio ambiente. Símbolo Os ativistas destacam que Bolsonaro é o principal símbolo do ecocídio. É de extrema direita e ex-capitão do Exército, que fez campanha eleitoral prometendo reverter direitos dos indígenas à terra e abrir áreas de proteção ambiental para mineração, agricultura e madeireiras. Desde janeiro, quando Bolsonaro assumiu a presidência, o desmatamento avançou significativamente na Amazônia, o que contribuiu para a ocorrência de milhares de incêndios na região.