Mourão contesta versão da família sobre assassinato de Ágatha e defende PMs: "É a palavra de um contra o outro"

Mourão ainda minimizou a ação da PM dizendo que "tem que reconhecer que determinados lugares do Brasil se vive uma guerra"

Foto: Bruno Batista/VPR
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Presidente em exercício, o general Hamilton Mourão (PRTB) contestou nesta segunda-feira (23) a versão da família e de pessoas que acompanharam o assassinato da menina Ágatha Félix, de 8 anos, que foi morta com um tiro de fuzil nas costas no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, e saiu em defesa dos policiais militares. "É aquela história, é a palavra de um contra o outro. E você sabem muito bem que nessas regiões aí de favela se o cara disser que foi traficante que atirou (contra a criança), no dia seguinte ele está morto", disse Mourão em conversa com jornalistas. Ocupando a presidência enquanto Jair Bolsonaro está em Nova York, para a assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o general afirmou ainda que "tem que reconhecer que determinados lugares do Brasil se vive uma guerra" e citou o caso de militares mortos durante a intervenção em favelas da capital fluminense. "Nós, força do Estado brasileiro, durante operação na Maré tivemos um morto e 27 feridos. Ano passado durante a intervenção no Rio de Janeiro tivemos três mortos. E ninguém toca nisso aí. Então, tem que haver algum tipo de proteção. Eu falo sempre: dentro do estado de direito a lei tem que valer para todos. Quem infringiu a lei tem que ser punido". Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o assassinato da menina de 8 anos por PMs no complexo de favelas do Rio de Janeiro.