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Em portaria publicada pelo Ministério da Economia e pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais no sábado (31), o governo Bolsonaro decidiu aumentar o limite de litros de etanol importados sem taxa. Antes a cota máxima era de 600 milhões de litros anuais, agora são 750 milhões, um aumento de 25%. A medida foi comemorada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo dados do governo, 99,7% do etanol importado no Brasil vem dos Estados Unidos, gerando um impacto direto nos cofres do país de Trump. O imposto sobre a importação é de 20%, mas a taxa só passa a ser cobrada após a cota ser estourada.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) comemorou a medida porque esperava coisa pior. No início do ano chegou a ser cogitado o fim da taxação para qualquer cota de importação, dificultando ainda mais os produtores nacionais. A Unica avaliou que o acordo final “demonstra firmeza do Brasil” por estabelecer “condições para um incremento futuro do comércio bilateral de etanol”.
A medida foi articulada entre a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) - aspirante a embaixador do Brasil nos EUA - e o presidente dos EUA, Donald Trump.
Trump foi ao Twitter comemorar a mudança. "O Brasil permitirá que mais etanol americano entre no país sem tarifas, uma decisão que as usinas brasileiras estão comemorando. A reação aparentemente contra-intuitiva decorre do tom das negociações em andamento entre a nação sul-americana e os EUA por um Acordo Comercial", tuitou.
Até mesmo o comentarista de política internacional da GloboNews, Guga Chacra, questionou a medida. "Trump afirma que o Brasil irá permitir a entrada de etanol americano sem a necessidade de pagar tarifas. Não sei qual a lógica de o governo brasileiro permitir, já que Brasil é concorrente dos EUA neste setor", disse.
https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1168644326982901763
https://twitter.com/gugachacra/status/1168648218646913024?s=19