Corte de Bolsonaro deixa Universidade Federal de Pernambuco sem ar-condicionado

A suspensão do repasse de verbas para instituições de ensino está obrigando universidades a tomarem atitudes drásticas para sub-existirem; antes, UFPE já havia cortado bolsas de estudos e contratação de novos professores

Divulgação/UFPE
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A reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou nesta terça-feira (6) que apenas laboratórios que necessitam de refrigeração e salas que não tenham janelas poderão utilizar ar-condicionado. A medida teve que ser tomada pela crise financeira que a instituição passa desde que o Ministério da Educação anunciou um corte de 30% no orçamento das universidades federais. A UFPE já teve que tomar outras decisões para economizar gastos antes. A universidade suspendeu novos editais de contratação de professores e repasse de bolsas de estudo. Para o mês de agosto foram enviados apenas R$ 8,6 milhões. Sem os cortes feitos pelo governo Bolsonaro, esse valor seria de R$ 14,3 milhões. Só com energia elétrica a UFPE gasta cerca de R$ 20 milhões em seus três campus. Outras universidades brasileiras estão passando pela mesma crise. Em uma situação mais drástica, a reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) chegou a afirmar que as aulas na instituição podem ser interrompidas ainda este mês. De acordo com a reitora, serviços básicos como segurança e limpeza correm o risco de serem suspensos na instituição ainda esse mês, pois os pagamentos já estão com dois meses de atraso. “Pelos contratos [com a universidade], serviços de manutenção são suspensos quando ficam três meses sem receber. Se esse dinheiro não entrar, os serviços param”, afirma Denise Carvalho