Após dois massacres seguidos nos EUA, Bolsonaro defende política armamentista

Das 857 milhões de armas de fogo nas mãos de civis no mundo, 46% estão nos Estados Unidos

Jair Bolsonaro (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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Apesar de dizer que lamenta as mortes provocadas por dois atiradores nos EUA, em menos de 24 horas, Jair Bolsonaro voltou a defender uma política armamentista para o país.  Os ataques ocorreram neste fim de semana. O primeiro, em El Paso, no Texas, e o outro em Dayton, em Ohio, dentro de um intervalo de 12 horas. No primeiro, às 14h deste sábado (3), um atirador matou 20 pessoas e feriu 26. O segundo, às 2 horas deste domingo (4), resultou em nove mortes e 16 feridos. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo. O tiroteio de El Paso reverberou na campanha eleitoral presidencial, nos Estados Unidos, que será em 2020, com vários candidatos democratas denunciando o aumento da violência armada e repetindo pedidos por medidas mais rígidas de controle de armas. Estudo Um estudo realizado pela Small Arms Survey, em 2018, revela que os Estados Unidos são o maior exportador de armas do mundo. Além disso, possuem a maior quantidade de armas nas mãos dos cidadãos. Das 857 milhões de armas de fogo nas mãos de civis no mundo, 46% estão em solo norte-americano, embora o País só abrigue 4% da população mundial. Ainda assim, o presidente brasileiro acredita que o caminho é o armamento da população. Segundo ele, "o Brasil é, no papel, extremamente desarmado". "Lamento, já aconteceu no Brasil também. Lamento. Agora, não é desarmando o povo que você vai evitar isso aí", tentou justificar sua tese. A polícia americana ainda investiga a motivação dos dois atiradores. No primeiro massacre, em El Paso, o assassino foi preso. Antes da chacina, ele fez uma publicação de cunho racista nas redes sociais. Já no segundo atentado, em Dayton, o assassino foi morto. Não foram divulgados detalhes sobre a sua identidade.