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Jair Bolsonaro não se sensibilizou com as inúmeras críticas que recebeu depois de atacar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. Ele declarou, nesta sexta-feira (2), que não falou “nada de mais” sobre a morte do militante Fernando Santa Cruz, pai de Felipe.
O presidente foi além e afirmou, ainda, que não viu ofensa em sua declaração.
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No início da semana, Bolsonaro criticou a atuação da OAB na investigação sobre o atentado a faca que sofreu durante a campanha de 2018. Sem motivo, disse que um dia revelaria a Felipe como o pai morreu, e que o presidente da OAB não desejaria saber a verdade.
A declaração provocou revolta geral. Não satisfeito, no mesmo dia, Bolsonaro afirmou que Fernando foi assassinado pelo grupo de esquerda Ação Popular (AP), informação que não procede.
Documentos oficiais e investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV) provam que o pai do presidente da OAB foi assassinado pelo Estado, durante a ditadura militar. “O que que eu falei de mais para vocês? Me respondam. O que eu tive conhecimento na época. Eu ofendi o pai dele? Não ofendi o pai dele. O que eu tive conhecimento na época, o assunto foi esse”, declarou Bolsonaro. Esclarecimentos Em relação a prestar esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto, convidado que foi pelo ministro Luís Roberto Barros, ele disse: “Eu não tenho essa obrigação, agora, é só transcrever o que eu falei para vocês (jornalistas) aqui”, respondeu. “Mesmo eu não sendo obrigado, eu presto. Eu não falei nada de mais, eu vou entregar o vídeo e vou fazer a degravação e mandar”, completou. ComunismoPara finalizar, Bolsonaro repetiu o velho discurso: “Lamento todas as mortes que tiveram dos dois lados, se não tivesse aquela vontade de implantar o comunismo no Brasil não teria nada disso. Se tivessem aceitado a normalidade do que acontecia, nada teria”.