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O ministro da Justiça, Sergio Moro, se negou a divulgar para a imprensa os documentos que ele próprio vazou a Jair Bolsonaro sobre a investigação sigilosa da Polícia Federal sobre candidaturas laranjas do PSL, partido do presidente.
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O jornalista Rubens Valente, na edição desta segunda-feira (19) da Folha de S.Paulo, relata que entrou com pedido via Lei de Acesso à Informação junto ao ministério para ter acesso à documentação, que foi repassada a Bolsonaro, de acordo com declarações do presidente em entrevista coletiva no Japão, em 28 de junho.
A declaração foi feita após a prisão de um assessor especial e dois ex-assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em razão de investigação sobre candidaturas de laranjas do PSL na eleição de 2018.
“Ele [Moro] mandou a cópia do que foi investigado pela Polícia Federal pra mim. Mandei um assessor meu ler porque eu não tive tempo de ler”, disse Bolsonaro.
Negativa
Segundo reportagem desta segunda-feira da Folha, no dia 2, o Ministério da Justiça confirmou que "o presidente da República foi informado sobre o andamento das investigações em curso". Depois, no dia 5, a pasta afirmou que "informações que inclusive já haviam sido divulgadas amplamente na imprensa foram repassadas ao presidente", negando-se a pontuar quais informações e o acesso aos documentos.
A Presidência da República também foi acionada pelo jornalista, mas também negou acesso à documentação, alegando que a resposta à solicitação seria dada pelo Ministério da Justiça.