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A partir de hoje quem é o responsável pela articulação política do governo Bolsonaro é o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Oliveira. Ele tomou posso nesta quinta-feira (4) durante cerimônia realizada em Brasília. Ramos chega para substituir Carlos Alberto Santos Cruz, que ocupava o cargo de ministro da Secretaria do Governo até ser demitido no início do mês de junho.
O militar recebe o cargo em um momento crucial para os planos de Bolsonaro e sua equipe econômica. Vai ser de Ramos a missão de costurar acordos para que a reforma da previdência, enviada pelo Planalto, consiga andar no Congresso. No discurso de posse do seu novo ministro, o presidente demonstrou que espera que o subordinado consiga fazer o diálogo com os deputados.
“Ele entra em campo em um momento que interessa a todo do Brasil, a nova Previdência. Não temos Plano B, o plano é esse, o Plano A. Ele entra agora também buscando soluções para essa questão”, declarou Bolsonaro.
Nesse clima de pressão, Ramos deixou claro que sabe da responsabilidade que está em suas costas. “Muita gente me procurou dizendo que eu estava recebendo uma missão muito difícil, espinhosa e que eu teria muita dificuldade. Respondi que estava tendo privilégio porque vou poder novamente trabalhar com a casa do povo, Congresso Nacional, seus deputados e senadores”.
A medida de nomear o novo ministro para fazer essa articulação enfraquece ainda mais Onyx Lorenzoni dentro do governo. Até o mês passado essa tarefa era da Casa Civil. Sem conseguir avançar com a principal pauta do governo dentro da Câmara, através de uma Medida Provisória, Bolsonaro mudou a linha de frente com o Congresso.
Ramos Batista estava à frente do Comando Militar do Sudeste antes de aceitar virar ministro do atual governo.