Segundo pesquisadora britânica, “políticas ambientais de Bolsonaro levarão o mundo a cenário de catástrofe”

Em artigo publicado no meio estadunidense The Globe Post, a cientista Claire Wordley, estudante de pós-doutorado na Universidade de Cambridge, afirma que “a mais importante defesa do patrimônio florestal amazônico brasileiro é a feita pelos povos indígenas, que são vistos como inimigos pelo atual governo”.

Foto: Instituto Socioambiental - ISA
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A revista digital nova-iorquina The Global Post trouxe nesta terça-feira (3) um artigo com título impactante (talvez porque o tema que aborda é igualmente preocupante): “Torching Earth’s Lungs: Bolsonaro’s Environmental Policies Set Scene for Catastrophe” (algo como “queimando os pulmões da terra: políticas ambientais de Bolsonaro conduzem o mundo a um cenário de catástrofe”, em tradução livre). Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo O texto diz que “o governo de Bolsonaro só se importa em enriquecer seus amigos no poderoso lobby do agronegócio, que colocou os seus representantes nas instâncias responsáveis por gerir as políticas ambientais brasileiras, colocando os seus interesses e não a preservação como prioridade”. O artigo foi escrito pela pesquisadora e ambientalista britânica Claire Wordley, pós-doutoranda da Universidade de Cambridge. Ela ainda trabalha com estudos sobre biodiversidade com o projeto Conservation Evidence. “Esse lobby agropecuário não pensa nos pequenos agricultores e tampouco está interessado em cultivar alimentos para os brasileiros, mas sim para empresas de milhões de dólares que pretendem exportar ainda mais carne bovina, soja e grãos para a China, Europa e Estados Unidos”, afirma. A pesquisadora britânica descreve Bolsonaro como uma figura que “foi apelidada de 'Tropical Trump', mas esta etiqueta não lhe faz justiça. Capitão da brutal ditadura militar brasileira, Bolsonaro entrou na política quando o regime caiu em 1985, mas não deixou suas raízes autoritárias para trás”. Ela também afirma que “a mais forte defesa do patrimônio florestal amazônico brasileiro veio dos povos indígenas, que vêm defendendo suas terras contra invasores gananciosos há séculos, mas que agora são vistos como inimigos pelo atual governo, e correm sério risco se o novo decreto das armas de Bolsonaro facilitar o armamento dos latifundiários interessados em suas terras”.