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O presidente Jair Bolsonaro voltou, nesta segunda-feira (22), a falar sobre o filme "Bruna Surfistinha", obra que escolheu para desqualificar ao defender mudanças na Agência Nacional de Cinema.
Em entrevista, o capitão da reserva disse que não pretende censurar o filme, que foi lançado em 2011 e já ganhou, inclusive, prêmios de cinema. Ele afirmou, porém, que não pode admitir que "filme pornô" seja financiado com dinheiro público.
Na última quinta-feira (19), após as primeiras declarações do presidente sobre o assunto, a própria empresária Raquel Pacheco, que usava o nome de Bruna Surfistinha quando fazia programa, se manifestou. "Sobre mais uma infeliz declaração do Bolsonaro, eu digo que ele, antes de fazer juízo de valor sobre os outros, deveria cuidar da moral da própria família. E ainda do nosso país. Afinal, ele está cuidando demais do que não precisa e fazendo pouco o dever dele principal: que é ser presidente”, disse. A atriz que interpretou a ex-garota de programa no filme, Deborah Secco, também reagiu. "Fico um pouco chocada porque o filme retrata uma história real não só da Raquel, mas de outras milhares de mulheres que se encontram nessa situação”, afirmou a atriz. “O que a gente queria com o filme era debater e falar sobre como nós, como a população, lida com essa realidade”, disse.- Amanhã estarei em Vitória da Conquista, Bahia. - Encontrei-me com alguns nordestinos em Brasília. Um alegria só. - Não censurei o filme da Bruna Surfistinha, apenas NÃO posso admitir dinheiro público para fazer filme PORNÔ. Assista: pic.twitter.com/LA1r1A2jua
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 23, 2019