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Preso nesta quinta-feira (27) na investigação da Polícia Federal sobre supostas candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais, o assessor especial do Ministério do Turismo, Mateus Von Rondon, permanecerá no cargo. Em nota divulgada nesta sexta-feira (28), a pasta comandada por Marcelo Álvaro Antônio informou que "aguarda o andamento do processo judicial para não submeter qualquer servidor a uma condenação sumária sem garantir o direito de defesa".
De acordo com a investigação, Von Rondon é apontado como o principal elo formal entre Álvaro Antônio e o esquema de candidaturas de laranjas do PSL. Além dele, foi preso também um dos coordenadores da campanha de Álvaro Antônio em MG, Roberto Silva Soares, conhecido como Robertinho. Os suspeitos são investigados pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, emprego ilícito do fundo eleitoral e associação criminosa.
A Polícia Federal vê elementos de participação de Álvaro Antônio na fraude e apreendeu documentos em endereços ligados ao PSL-MG. Segundo os investigadores, foram encontrados indícios concretos de que houve irregularidade na prestação de contas das campanhas. A suspeita é que o PSL, que é o do presidente Jair Bolsonaro, teria repassado, em um esquema capitaneado pelo ministro do Turismo, à época candidato a deputado, recursos de financiamento de campanha de forma irregular a candidatas mulheres.
Álvaro Antônio, no entanto, permanece no cargo e garantiu que seu assessor especial também permanecerá. "Importante ressaltar que o servidor responde a suspeitas de eventuais irregularidades eleitorais no ano passado, sem qualquer vínculo com a atividade que desempenha no Ministério do Turismo", completou a pasta na nota submetida à imprensa.
Rondon, como assessor especial do ministério, ganha R$ 13.624 mensais. Sua defesa, assim como a do ministro, nega as irregularidades.