64,5% das vezes em que Bolsonaro fala em ‘fake news’ foi para atacar imprensa

Levantamento feito pela agência Lupa mostra os principais veículos acusados pelo presidente

Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução/Youtube
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De acordo com levantamento da agência Lupa, o presidente Jair Bolsonaro utilizou o termo “fake news” ou “fake” em 31 manifestações feitas em redes sociais em 2019. Em 20 ocasiões (64,5% dos casos) foi para acusar algum veículo ou jornalista de propagar informações que julgava incorretas. Seu principal alvo foi a Folha de S. Paulo, citada em oito publicações.
A agência analisou Twitter, Facebook e Instagram do presidente de 1º de janeiro até o dia 20 de dezembro. Foram citados e printados: Folha de S.Paulo, O Globo, GloboNews, Estado de S. Paulo e Revista Veja. Não é sócio Fórum? Quer ganhar 3 livros? Então clica aqui. Há tempos que Bolsonaro ataca a Folha. Antes de assumir o cargo, ele criticou reportagens e disse que sem apoio do governo federal o jornal não conseguiria se manter. O Grupo Globo foi o segundo mais atacado pelo presidente no seu primeiro ano de mandato, incluindo jornais, telejornais e rádio. O Estadão, a Revista Veja e a Crusoé também tiveram reportagens acusadas de “fake news”. Ele também usa o termo para falar da oposição e de qualquer informação sobre a qual não esteja de acordo. Trump Em 2017, o termo “fake news” foi eleito a palavra do ano pelo dicionário britânico Collins. Significa "conteúdo falso" e se popularizou com o ídolo de Bolsonaro,  o presidente norte-americano Donald Trump, que se considera criador do termo. A Lupa “entende o termo fake news como uma “arma”, utilizada por políticos e poderosos para tentar limitar o trabalho da imprensa. Por conta disso, seus checadores evitarão usá-lo. “Informação errada”, “falsa” ou simplesmente “propaganda” e “mentira” serão expressões adotadas pela agência.