Ex-presidiário e miliciano será candidato a prefeito do Rio por partido que Bolsonaro cogita se filiar

Preso por 10 anos por comandar a maior milícia do Rio de Janeiro, o ex-vereador Jerominho oficializou sua filiação ao Partido da Mulher Brasileira (PMB), mesma sigla que Bolsonaro mantém negociação para migrar após saída do PSL

Bolsonaro e Jerominho, preso por comandar milícia no Rio e pré-candidato a prefeito (Montagem)
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Preso por 10 anos por comandar a maior milícia do Rio de Janeiro, o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, oficializou na terça-feira (5) sua filiação ao Partido da Mulher Brasileira (PMB) e sua pré-candidatura à prefeitura da capital fluminense. O miliciano pretende usar a sigla, criada para incentivar mulheres na política, para retornar à política. Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, a sigla é a mesma que Jair Bolsonaro negocia sua filiação após deixar o PSL. As conversas de Bolsonaro estariam sendo feitas diretamente com a presidente do PMB, Suêd Haidar. Carmen Glória Guinâncio Guimarães, a Carminha, também se filiou a legenda no mesmo dia para concorrer a uma vaga na Câmara de vereadores. As informações são do jornal O Dia. Carminha também foi presa em 2008, durante o período eleitoral, acusada de coagir eleitores. Ela acabou eleita, mas teve o diploma cassado até 2012, quando a Justiça devolveu o cargo. Jerominho ficou 10 anos e 10 meses preso após ser condenado por chefiar uma milícia na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a maior da cidade. Vereador do Rio de Janeiro por dois mandatos pelo MDB, Jerominho foi preso em 2008 após ser apontado pela CPI das Milícias como líder de uma facção, ao lado do irmão, o ex-deputado estadual Natalino José Guimarães. A milícia comandada por eles, a Liga da Justiça, usava o símbolo do Batman, que podia ser visto em casas de bairros como Campo Grande, Guaratiba, Paciência, Cosmos e Santa Cruz, todos na Zona Oeste.

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