Orleans e Bragança que prega negacionismo climático é recebido como "sua alteza real" em embaixada do Brasil nos EUA

A pomposa saudação era prevista na Constituição de 1824, mas foi abandonado na primeira Constituição republicana, promulgada em 1891. Considerado especialista em meio ambiente pelo governo Bolsonaro, dom Bertrand acusa os ambientalistas de "usarem o ecoterrorismo para implantar uma religião ecológica, igualitária e anticristã"

Nestor Forster e dom Bertrand de Orléans e Bragança (Foto: Reprodução)
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A embaixada brasileira em Washington - a mesma pela qual o nome de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi cogitado - anunciou pelo Twitter nesta quarta-feira (30) a visita da "sua alteza imperial e real", dom Bertrand de Orléans e Bragança, em texto publicado na rede em inglês. A pomposa saudação foi publicada junto com uma foto do herdeiro da família imperial brasileira com o olavista Nestor Forster, diplomata que está à frente da embaixada. O título anunciado pelo twitter era previsto na Constituição de 1824, mas foi abandonado na primeira Constituição republicana, promulgada em 1891, dois anos depois do fim da monarquia. Bertrando é um entusiasta do negacionismo climático, considerado pelo governo Jair Bolsonaro como autoridade em assuntos ambientais por seu livro: "Psicose ambientalista". Na obra, ele a existência de um processo de mudanças climáticas causadas pela ação humana, questiona dados oficiais sobre o desmatamento na Amazônia e acusa os ambientalistas de "usarem o ecoterrorismo para implantar uma religião ecológica, igualitária e anticristã." Bertrand foi um dos palestrantes do evento conservador de Eduardo Bolsonaro realizado em São Paulo.