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Acusado - mais uma vez - de ser o responsável pela publicação do vídeo em que o pai, Jair Bolsonaro (PSL), é comparado a um leão lutando contra hienas identificadas como Globo, STF e PSL, entre outros, o vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSC) publicou na noite desta segunda-feira (28) um trecho da sátira de terror Piranha, produzida em 1978, em que duas mulheres são atacadas por cardume do peixe.
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) October 29, 2019O vereador ainda se mostrou irritado com a jornalista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo, que postou um tuíte irônico compartilhando crônica de humor que diz que "Carluxo, indicado para a embaixada de Hollywood pelo pai, posta video em que hienas atacam Pavão Misterioso". "Fakenews! A narrativa de vocês condiz com o caráter!", comentou o vereador.
Leão Não ficou mais de duas horas no ar a publicação feita nesta segunda-feira (28) do vídeo em que Jair Bolsonaro se comparava a um leão cercado por hienas que queriam atacá-lo. Após repercussão negativa, o tuíte foi apagado das redes do presidente. O caso gerou mal-estar até mesmo no Supremo Tribunal Federal (STF), classificado como uma das "hienas" que atacam o "leão Bolsonaro". Decano da corte, o ministro Celso de Mello afirma que Bolsonaro desconhece a separação dos poderes e que tem medo de um Judiciário independente. “Esse comportamento revelado no vídeo em questão, além de caracterizar absoluta falta de ‘gravitas’ e de apropriada estatura presidencial, também constitui a expressão odiosa (e profundamente lamentável) de quem desconhece o dogma da separação de poderes e, o que é mais grave, de quem teme um Poder Judiciário independente e consciente de que ninguém, nem mesmo o Presidente da República, está acima da autoridade da Constituição e das leis da República”, diz o magistrado em trecho da nota enviada à Folha. Segundo nota na coluna de Mônica Bergamo, na mesma Folha nesta segunda-feira (29), ministros do STF acionaram o presidente da corte, Dias Toffoli, cobrando uma posição mais dura dos magistrados em relação aos "excessos" do presidente. Reservadamente, os magistrados atribuem a publicação a Carlos Bolsonaro. Dizem, porém, que a responsabilidade é do pai, não só sobre a conta, mas sobre o teor do que é postado nela.Fakenews! A narrativa de vocês condiz com o caráter!
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) October 28, 2019