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Um decreto, assinado por Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia Paulo Guedes, publicado nesta terça-feira (15) no Diário Oficial da União (DOU), inclui a Casa da Moeda no Programa Nacional de Desestatização (PND), o que representa, na prática, que deve ser privatizada.
A medida foi criticada por Guilherme Boulos, professor, coordenador do MTST e da Frente Povo Sem Medo.
“Bolsonaro assinou hoje decreto que inclui a Casa da Moeda no programa de privatizações de Paulo Guedes. O Brasil pode entregar a emissão da própria moeda para uma empresa estrangeira. É o símbolo da perda de soberania de um país”, tuitou.
O assunto divide até o PSL, por enquanto o partido de Bolsonaro. Há parlamentares contrários à privatização, pois observam riscos em incluir a iniciativa privada na emissão do dinheiro do país.
Aceleração
Salim Mattar, secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, já havia adiantado, no início de outubro, que o governo pretende acelerar os processos de privatizações.
Fundada em 1694, a Casa da Moeda servia, à época, para incrementar a circulação de moedas no país, pois o dinheiro vinha de Portugal. Atualmente, a empresa se localiza em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
No local, hoje funcionam as fábricas, que têm capacidade para produzir até 2,6 bilhões de cédulas e quatro bilhões de moedas por ano.
Bolsonaro assinou hoje decreto que inclui a Casa da Moeda no programa de privatizações de Paulo Guedes. O Brasil pode entregar a emissão da própria moeda para uma empresa estrangeira. É o símbolo da perda de soberania de um país.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) October 15, 2019