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Apesar da direção nacional do PSL dizer que a crise interna gerada por comentários do presidente Jair Bolsonaro estava sendo controlada, os bastidores seguem quentes. Bolsonaro, junto a 21 parlamentares, acionou um grupo de advogados para cobrar transparência na sigla três dias após dizer para um seguidor que ele deveria "esquecer" o partido porque o presidente nacional da legenda, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), estava "queimado".
O trio formado por Paula Kufa, Marcello Dias de Paula e Admar Gonzaga (ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral indicado por Michel Temer) apresentou uma petição endereçada a Luciano Bivar requisitando detalhes do uso do Fundo Partidário nos últimos 5 anos por parte do PSL "com o objetivo de tornar pública informações relevantes sobre as contas da agremiação, em homenagem ao princípio constitucional da transparência".
Os apoiadores de Bolsonaro argumentam que o acompanhamento das despesas deve ser feito já que o PSL deve receber 10 vezes mais recursos do que recebia anteriormente devido a eleição de 54 deputados federais. "Calha a responsabilidade de rigoroso acompanhamento das despesas do partido não somente pela justiça eleitoral, como também por todos aqueles que tenham legitimidade e interesse na manutenção da moralidade e, assim, transparência na arrecadação e gastos desses recursos públicos e privados, eventualmente aportado aos partidos por particulares", diz o texto.
Ao lado de Bolsonaro estão seus dois filhos filiados à legenda, Eduardo (deputado federal, SP) e Flávio (senador, PSL), e outros 19 deputados federais, os mesmos que assinaram nota na quarta-feira em apoio às críticas que o presidente da República fez ao partido. No total, a legenda possui 53 deputados federais e 3 senadores - os rebeldes representam cerca de um terço disso.