Morto em 2014 durante a campanha para a Presidência da República, Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, teve seu nome alçado aos temas mais comentados no Twitter na manhã deste sábado (28) após debate quente entre o filho, João Campos (PSB), e Marília Arraes (PT), que fazem o segundo turno da disputa eleitoral para a prefeitura do Recife.
O nome de Eduardo foi citado logo no primeiro bloco pelo filho, que acusou Marília Arraes de citar implicitamente o pai ao se referir a uma operação da Polícia Federal sobre supostos desvios de recursos na prefeitura do Recife.
"Esse PSB está bem pertinho da sua porta. O diretor financeiro da Secretaria de Saúde é seu amigo pessoal. Não sou eu, candidato, quem tem bens bloqueados. Você sabe quem é. Você não há de ficar aqui com ar de puritanismo", disse Marília, sobre desvios em verbas da Covid-19.
Na réplica, Campos citou o pai. "De quem ela está falando é de Eduardo Campos, que não está aqui para se defender", disse o candidato do PSB, que citou o pai outras vezes no debate, realizado pela afiliada da Globo.
A estratégia de colar o nome ao do pai por João Campos, foi ironizada por internautas, que levaram o nome de Eduardo Campos aos trending topics do Twitter.
"Marília teve o RESPEITO em não citar o nome de Eduardo Campos. Aí o próprio filho usa para se fazer de coitado. João Campos é extremamente sujo", tuitou o perfil @naathymedina.
"É verdade que, ao Marília Arraes questionar a corrupção sem citar nomes no debate, João Campos entregou o próprio pai, Eduardo Campos?", tuitou Toni Bulhões.
"O candidato à pref. do Recife João Campos (PSB) ativou a irresponsabilidade dos perdidos e passou a disparar mentiras e idiotices contra o PT e @MariliaArraes. Esse banditismo moleque despreza e envergonha a história de Arraes e Eduardo Campos e mostra pq ele apoiou Aécio Neves", escreveu Tiago Barbosa.
Ataques
Bisneto e neta do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, João Campos e Marília Arraes fizeram um debate de poucas propostas e muitos ataques pessoais, que vem dando o tom da campanha no segundo turno no Recife.
João Campos usou a estratégia de atiçar o antipetismo, dizendo que "em relação ao PT, não cabe nos dedos das duas mãos quantos gestores presos têm no Brasil”.
Marília falou da corrupção "pertinho da porta" de Campos. “A corrupção está bem pertinho da sua porta. O diretor financeiro da Secretaria de Saúde é seu amigo pessoal. Não sou eu que tenho bens bloqueados pela Justiça. Você sabe muito bem quem é".