O Brasil atingiu, em 2024, o menor nível de desigualdade de renda da sua história, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (8) pelo IBGE. A notícia foi celebrada tanto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quanto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que destacaram os avanços sociais alcançados por meio das políticas econômicas adotadas pelo governo.
De acordo com o IBGE, o índice de Gini — principal indicador de concentração de renda — caiu para 0,506 em 2024, uma redução de 2,3% em relação ao patamar de 0,518 registrado em 2023 e 2022. Este é o menor valor da série histórica iniciada em 2012. A queda do Gini significa uma melhor distribuição de renda entre os brasileiros.
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Outro dado relevante é a razão entre o rendimento médio domiciliar per capita dos 10% mais ricos e o dos 40% mais pobres, que caiu para 13,4 vezes — também a menor da série. Apesar de ainda refletir uma disparidade significativa, o valor representa uma melhora em relação ao pico de 2018, quando os mais ricos ganhavam 17,1 vezes mais que os mais pobres.
A renda média dos brasileiros também aumentou em 2024, alcançando o maior patamar desde 2012, com alta de 5,4% em relação ao ano anterior.
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Haddad: “Temos um país um pouco mais justo”
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o ministro Fernando Haddad destacou os resultados com entusiasmo:
"Você já deve ter ouvido falar que o Brasil toca a menor taxa de desemprego da série histórica. Isso é muito importante, mas hoje nós recebemos uma notícia espetacular. O Brasil está com o melhor índice de Gini da sua história. O que é isso? É a melhor distribuição de renda da nossa série histórica. Nós reduzimos as desigualdades no nosso país. É muito feliz para o ministro da Fazenda poder dar essa notícia, de que as políticas econômicas estão gerando efeitos concretos na vida e no dia a dia da população. Então não é só o PIB crescer, muito importante, o desemprego ser baixo, muito importante, a taxa de pobreza ser menor desde 2012, muito importante. Mas hoje nós temos um país um pouco mais justo. Temos muita coisa para fazer, mas nós estamos no caminho certo".
Assista:
Lula reforça compromisso com inclusão e desenvolvimento
Já o presidente Lula comentou os dados com foco na inclusão social e no compromisso do governo com o desenvolvimento:
"Os dados da PNAD mostram que estamos no caminho certo do crescimento econômico com inclusão social no Brasil. Cresceram a renda do trabalho e a renda das famílias. E, o que é muito importante, com a redução significativa da desigualdade. Seguiremos trabalhando para fortalecer a economia brasileira, garantindo políticas de proteção e também de estímulo ao desenvolvimento para todos os brasileiros e brasileiras. Esse é o compromisso do nosso governo".
Políticas públicas e programas sociais explicam os avanços
Os dados divulgados fazem parte da Pnad Contínua: Rendimento de Todas as Fontes, pesquisa que considera, além do mercado de trabalho, outras fontes de renda como aposentadorias, pensões, programas sociais, aluguéis e rendimentos financeiros.
A melhora nos indicadores de desigualdade representa, segundo o governo, o impacto direto de políticas voltadas à distribuição de renda, geração de empregos e fortalecimento da renda das famílias. Ainda há desafios, mas o país, segundo Haddad e Lula, avança em direção a uma sociedade mais justa.