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Efeito Lula: Brasil sobe cinco posições no Índice de Desenvolvimento Humano, diz a ONU

O relatório aponta que a subida se deve principalmente ao aumento da renda nacional bruta per capita e à recuperação nos indicadores de saúde

O presidente Lula.Créditos: Ricardo Stuckert
Escrito en GLOBAL el

O Brasil deu um passo adiante no cenário internacional ao subir cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta terça-feira (6), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Com dados referentes ao ano de 2023, o país alcançou a 84ª colocação entre 193 nações analisadas, depois de ocupar o 89º lugar em 2022.

O novo levantamento aponta que o Brasil atingiu uma pontuação de 0,786 em uma escala que vai de 0 a 1 — quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano. Esse resultado mantém o país na categoria de IDH “alto”, que abrange índices entre 0,700 e 0,799. No ano anterior, o índice brasileiro era de 0,760.

Renda per capita e Saúde

A melhora foi impulsionada principalmente pelo aumento da renda nacional bruta per capita e pela retomada dos indicadores de saúde, especialmente a expectativa de vida, que voltou a subir após os impactos causados pela pandemia de Covid-19. Esses fatores ajudaram a alavancar o desempenho nacional no ranking da ONU.

No entanto, nem todos os indicadores apresentaram avanços. O relatório chama atenção para o desempenho da educação, que continua estagnado. O tempo médio de escolaridade no país segue abaixo da média observada em outras nações com IDH elevado, o que ainda limita o potencial de crescimento do Brasil no ranking global.

Mesmo com a pontuação acima da média mundial — que é de 0,739 — o Brasil ainda está longe de alcançar os países mais desenvolvidos. Nações como Suíça, Noruega e Irlanda seguem no topo da lista, com índices classificados como “muito altos”.

Quando comparado aos vizinhos da América Latina e Caribe, o Brasil ocupa uma posição intermediária. Está atrás de países como Chile (0,855), Argentina (0,849) e Uruguai (0,809), mas supera Paraguai (0,728), Bolívia (0,693) e Venezuela (0,691).

Desigualdades

Apesar do avanço, o relatório do PNUD reforça um alerta importante: as desigualdades internas continuam sendo um dos principais obstáculos ao desenvolvimento sustentável no país. O IDH municipal, por exemplo, revela disparidades profundas entre as diferentes regiões brasileiras, com variações significativas no acesso à saúde, educação e renda.

O desafio agora, segundo especialistas, é transformar os avanços em políticas públicas que garantam um desenvolvimento mais equitativo e duradouro para todos os brasileiros.

Os melhores colocados:

1º. Islândia - 0,972

2º. Noruega - 0,970

3º. Suíça - 0,970

4º. Dinamarca - 0,962

5º. Alemanha - 0,959

6º. Suécia - 0,959

7º. Austrália - 0,958

8º. Hong Kong (China) - 0,955

9º. Holanda - 0,955

10º. Bélgica - 0,951

Os piores colocados:

184º. Iêmen - 0,470

185º. Serra Leoa - 0,467

186º. Burquina Faso - 0,459

187º. Burundi - 0,439

188º. Mali - 0,419

188º. Níger - 0,419

190º. Chade - 0,416

191º. República Centro-Africana - 0,414

192º. Somália - 0,404

193º. Sudão do Sul - 0,388

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