Um estudo feito em São Paulo divulgado nesta terça-feira (6) pelo Instituto Paraná Pesquisas cria um impasse para o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) e causa pânico no projeto da Terceira Via, que articula a candidatura à presidência do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) como anti-Lula em 2026.
ENTENDA: Na disputa para o anti-Lula, governadores de direita rifam Bolsonaro e Globo insiste em Tarcísio
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A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 4 de maio e ouviu 1.700 eleitores em 85 municípios do Estado de São Paulo.
O estudo mostra que o atual governador é favorito à reeleição, com 42,1% das intenções de votos no principal cenário. Vice-presidente - e ex-governador do Estado - Geraldo Alckmin (PSB) soma 21,1%.
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Na sequência aparecem a deputada Erika Hilton (PSOL), com 9,4%; o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), com 5,5%; o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), com 4,8%; e o ex-prefeito de Santo André Paulo Serra (PSDB), com 4%.
Na soma, os adversários têm 45,6% um empate, dentro da margem de erro de 2,4 pontos para mais ou para menos, com Tarcísio.
Essa margem mostra que o ex-ministro de Bolsonaro tem chances, inclusive, de vencer a disputa no primeiro turno em São Paulo. O impasse se dá justamente em trocar uma eleição certa no Estado por um cenário incerto, apontando para a derrota, na disputa à Presidência contra Lula.
Sem Alckmin, Tarcísio chega a 46,5%, contra Marcio França (PSB), que tem 11,9%. Erika tem 9,7%, Padilha 7,1%, Manga 5,4% e Serra 4,7%.
Sem Tarcísio, o prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB) lidera a disputa com 29,5% das intenções de votos, seguido por França (16,2%), Erika (10,1%), Manga (8,7%), Padilha (7,6%), Serra (5,5%) e Sabará (1,8%).
Nunes, do MDB de Michel Temer, chegou a tomar um pito de Tarcísio pela costura que já vem fazendo para sair candidato ao governo do Estado.
O Paraná Pesquisas ainda testou os nomes de Gilberto Kassab, assessor de Tarcísio e presidente do PSD, que aparece com apenas 6,7% em um cenário liderado por França, com 20,6%.
Outro nome do PSD foi o do vice-governador, Felício Ramuth, que registra apenas 4% das intenções de votos na sondagem liderada por França com 21,8%.
Em recente entrevista ao jornal O Globo, Ramuth mandou o recado de Kassab para Bolsonaro, que está sendo pressionado pelo consórcio de governadores de direita que se lançaram como herdeiros dos votos do ex-presidente.
"Não que eu tenha escutado isso do governador, mas o que eu sinto, no dia a dia, é que ele é muito dedicado, gosta de fazer as coisas bem feito. E, para que isso seja possível, o presidente Bolsonaro acho que tem que tomar essa decisão até o final deste ano, até para que não aconteça algo de última hora. Aliás, se a gente fizer um paralelo, como aconteceu com Lula lá atrás, que levou a sua candidatura até os dias finais", disse Ramuth.
"Isso o governador Tarcísio, conhecendo o perfil dele, não aceitaria", emendou Ramuth, diante da pressão sobre Bolsonaro para que ele abandone definitivamente os esforços para se tornar elegível para 2026.