REAÇÃO

VÍDEO: Flávio Dino debocha de mensagem com ofensas e arranca risos de Moraes

Ministro do STF leu comentário ofensivo que recebeu na ouvidora da Corte e afirmou que isso representa “tempos de ódio”; assista

Ministro Flávio Dino.Créditos: Fellipe Sampaio/STF
Escrito en POLÍTICA el

Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), tem o dom de abordar assuntos sérios mantendo o bom humor. Durante sessão, nesta quinta-feira (22), ele leu uma mensagem ofensiva que recebeu por meio da ouvidoria da Corte, que o chamava, entre outros adjetivos, de “rocambole do inferno”.

As declarações de Dino ocorreram durante voto no julgamento de duas ações que questionavam a criação de cargos operacionais nos tribunais de contas dos estados de São Paulo e Goiás. O ministro resolveu compartilhar as ofensas para exemplificar os “tempos de ódio”.

“Eu recebi hoje, vindo da ouvidoria do Supremo, uma postagem ‘muito gentil’ de um cidadão. ‘O ladrão, esse bandido, estava nas ruas pedindo a anistia para ladrão de banco, assassinos’. Aí, cita Gilberto Gil, Caetano Veloso, Dilma Rousseff e outros. Eu tinha 11 anos e posso garantir que estava jogando bola, brincando de carrinho. Ele disse que eu sou canalha. Ele me chama de Rocambole do inferno”, relatou Dino, arrancando risos do ministro Alexandre de Moraes.

Em seguida, ele brincou sobre o comentário, no qual disse achar “criativo” e “até poético”. “Vou perguntar para minha esposa o que ela acha, e ela vai dizer: ‘Você é meu rocambole, não do inferno’”, disse.

A mensagem, sem identificação, ainda ameaçou, dizendo que Dino deveria apanhar até perder os dentes. Ao terminar de ler o comentário com xingamentos ao STF e ameaças ao próprio ministro, ele afirmou que fez a leitura para a Corte para ilustrar o “espírito do tempo”.

O espírito do tempo é de cultivo de ódios e desvarios, numa escala criminosa, delituosa. Porque isso ganha materialidade. As caixas de comentários das redes sociais ganham densidade quando elas penetram na mente humana e se transformam em força material. Por isto mesmo, nós precisamos, quando julgamos, levar as consequências práticas”, ressaltou Flávio Dino.

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