Jair Bolsonaro demonstrou indignação ao tomar conhecimento das mensagens trocadas entre aliados próximos em que sua esposa, Michelle Bolsonaro, foi alvo de críticas. Mesmo tentando minimizar o impacto, o ex-presidente de extrema direita deixou claro que está furioso e irado com o conteúdo das conversas e indicou que poderá haver punições para os envolvidos.
Numa declaração dada nesta sexta-feira (16), Bolsonaro foi categórico ao se referir a Mauro Cesar Cid e Fabio Wajngarten, que serve como uma espécie de porta-voz informal do líder extremista. “Falaram besteira. Vou conversar com o Valdemar para decidir o que será feito”. Ele também argumentou que tal postura dos subordinados poderia ser em reação ao que chamou de “atuação firme” da ex-primeira-dama. “Ela botava ordem na casa, e isso incomodava algumas pessoas”, disse fazendo referência a um suposto rigor Michelle no mundo político.
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Conversas revelam críticas e desprezo a Michelle
As mensagens vazadas, que foram armazenadas pela Polícia Federal, estavam no celular do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e mostram diálogos com o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, nos quais ambos demonstram descontentamento com Michelle Bolsonaro.
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Em uma das conversas, registrada em janeiro de 2023, Mauro Cid chegou a declarar algo inacreditável. "Prefiro votar no Lula", escreveu, ao ironizar a possibilidade de Michelle concorrer à Presidência. Wajngarten concordou com a afirmação.
Além disso, há um diálogo em que Wajngarten encaminha uma crítica referente ao salário de R$ 39 mil pagos a Michelle pelo PL, acompanhado de questionamento sarcástico sobre a situação do partido, ao que Cid respondeu em áudio sobre Michelle ingressar na política. “Ela vai ser destruída, porque acho que ela tem muita coisa suja... não suja, mas a personalidade dela, eles vão usar tudo contra para acabar com ela”.
Bolsonaro sinaliza providências contra aliados
Diante da exposição das conversas, Bolsonaro deixou claro que não aceitará as falas depreciativas sobre sua esposa sem respostas. “Não justifica essa troca de mensagens, ainda mais em janeiro de 2023, quando eu estava elegível. Um falou besteira, o outro concordou", afirmou o ex-presidente, destacando a gravidade da situação no seu entendimento.
Ele anunciou que vai procurar o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para definir quais medidas serão adotadas diante das ofensas e da insubordinação manifestada por seus auxiliares próximos.