A defesa de Glauber Braga (PSOL-SP) entrou com pedido de suspeição para trocar o relator do processo de cassação contra o deputado na abertura da sessão do Conselho de Ética em que o relatório será votado, nesta quarta-feira (9) na Câmara dos Deputados.
"Pairando sobre o relator uma suspeita de suspeição isso pode ocasionar nulidade. Então, como foi pedido, reitero que esse Conselho de Ética suspensa essa sessão até que se resolva a suspeição do relator", afirmou o advogado Alberto Maimoni, que faz a defesa do deputado.
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Relator do caso, o deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA) foi protagonista de uma agressão a "socos e pontapés" do jornalista e escritor Maneca Muniz, em abril de 2001.
À época, o escritor acompanhou uma comitiva de deputados estaduais baianos que denunciavam esquemas de corrupção e achaques do então senador Antônio Carlos Magalhães (PFL), o ACM, tio de Paulo Magalhães.
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Muniz foi agredido pelo relator do caso Glauber Braga quando autografava exemplares de seu livro "As Veias Abertas do Carlismo", que denuncia uma série de falcatruas do político baiano, que morreu em 2007, mas deixou uma dinastia na política, especialmente no Centrão fisiológico.
Para a defesa de Glauber, o caso cria suspeição de Paulo Magalhães, que na semana passada deu parecer favorável à cassação do deputado do PSOL.
O pedido foi negado pelo presidente do Conselho, Leur Lomanto Júnior (União-BA), que afirmou que Glauber pode recorrer da decisão, "seja ela qual for", na Justiça.
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