GOVERNO

Juscelino Filho confirma saída e divulga carta de demissão

"Preciso me dedicar à minha defesa, com serenidade e firmeza, porque sei que a verdade há de prevalecer", disse o ex-ministro

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O ministro das Comunicações Juscelino Filho (União Brasil) confirmou seu pedido de demissão do cargo na noite nesta terça-feira (8).

A decisão vem após a Procuradoria-Geral da República (PGR), também nesta terça, ter denunciado o ministro por supostos desvios de emendas parlamentares à época em que ele era deputado federal pelo Maranhão. 

Segundo a PGR, os recursos teriam sido usados de forma indevida na pavimentação de estradas que dão acesso a uma propriedade da família do ministro, localizada na cidade de Vitorino Freire (MA), onde sua irmã, Ana Resende, é prefeita.

Com a saída do ministério, Juscelino vai retomar seu mandato como deputado federal.

Carta de demissão

O agora ex-ministro divulgou sua carta de demissão. “Hoje tomei uma das decisões mais difíceis da minha trajetória pública. Solicitei ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva meu desligamento do cargo de ministro das Comunicações. Não o fiz por falta de compromisso, muito pelo contrário. Saio por acreditar que, neste momento, o mais importante é proteger o projeto de país que ajudamos a construir e em que sigo acreditando”, pontua Juscelino no início do texto.

"Tive o apoio incondicional do presidente Lula. Um líder a quem admiro profundamente e que sempre me garantiu liberdade e respaldo para trabalhar com autonomia e coragem. Nunca tive apego ao cargo, mas sempre tive paixão pela possibilidade de transformar a vida das pessoas — especialmente das que mais precisam", afirema o ex-ministro.

Ele afirmou ainda que vai se dedicar à sua defesa. "A decisão de sair agora também é um gesto de respeito ao governo e ao povo brasileiro. Preciso me dedicar à minha defesa, com serenidade e firmeza, porque sei que a verdade há de prevalecer. As acusações que me atingem são infundadas, e confio plenamente nas instituições do nosso país, especialmente no Supremo Tribunal Federal, para que isso fique claro. A justiça virá!", diz Juscelino.

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