O promotor de Justiça Cleber Masson, do Ministério Público de São Paulo, denunciou, nesta segunda-feira (14), o ex-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal por imputar à deputada federal Tabata Amaral (PSB) um suposto abandono do pai, "com o objetivo de solapar a reputação da adversária perante o eleitorado paulistano, angariando, em seu favor, votos que poderiam ser a ela destinados".
A denúncia do MP busca a fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados à parlamentar pela infração, com fundamento no art. 387, IV, do Código de Processo Penal, e se refere a um episódio ocorrido quando os dois ainda eram pré-candidatos à sucessão paulistana.
Te podría interesar
Fake news de Marçal
Em entrevista para um podcast da revista Isto É, em 4 de julho do ano passado, Marçal afirmou que o pai da deputada havia morrido porque ela teria o abandonado no Brasil para viajar aos Estados Unidos.
“Se a pessoa foi estudar em Harvard, às mil maravilhas, enquanto eu estava aqui trabalhando pra pagar [a faculdade]; eu passei por mais problemas que ela. (…) Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou e ele deixou o alcoolismo. O pai dela, ela foi para Harvard, ele acabou morrendo. Igual imagino que ela pode fazer com o povo de São Paulo”, disse.
Te podría interesar
Tabata respondeu por meio da publicação de um vídeo, apontando que “essa baixaria do Pablo Marçal sequer faz sentido”, já que ela estava no Brasil quando o pai morreu.
“Na mesma semana que eu fui aceita em Harvard, ele cometeu suicídio”, pontuou a parlamentar. “Eu era muito nova, sofri muito e cheguei a desistir de ir pros Estados Unidos. Eu fui. Mas nunca deixei de cuidar da minha família.”
Repercussão
O promotor observou para o alcance da entrevista de Marçal. "A gravação audiovisual teve ampla repercussão e atualmente conta com mais de 850 mil visualizações, sem prejuízo das incontáveis divulgações na imprensa e nas redes sociais", anotou o promotor.