Durante uma plenária do PT realizada neste sábado (29) em Brasília (DF), o ex-ministro José Dirceu apontou à militância que é um erro criticar a presença dos evangélicos na política, lembrando que a própria legenda contou em sua formação com importantes segmentos da Igreja Católica.
"Nós erramos quando criticamos a presença dos evangélicos na política. Nós nascemos nas igrejas, nas pastorais e fugíamos para a igreja quando estávamos para ser presos. Era nas igrejas que fazíamos nossos comitês de greve, de arrecadação de alimentos", disse Dirceu, conforme o jornal O Globo.
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Segundo ele, ainda que algumas "facções evangélicas" tenham visões opostas às do partido, isso não pode fundamentar uma defesa de que não participem do espaço político. "Temos projetos antagônicos por conta do conservadorismo, do liberalismo econômico e autoritarismo das facções evangélicas, mas não é pela questão da religião. Não é porque eles não podem (ocupar a política)."
Reconstrução
Em entrevista publicada pelo Poder360 também no sábado, Dirceu defendeu que o PT precisa se "reconstruir".
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“O mundo mudou, o Brasil mudou. O PT precisa de certa forma, de baixo para cima, se reconstruir: sedes, filiações –como está fazendo– e principalmente digitalizar o partido. Entrar nas redes, usar esse instrumento tão importante para formar, informar e mobilizar a militância. Inclusive, no futuro, para tomar decisões”, pontuou.
O ex-ministro também defendeu uma ampliação da frente ampla construída para eleger Lula em 2022. "Hoje, nós temos uma federação com PV e PC do B, mas precisamos estar unidos em 2026 com o PDT, o PSB, o Psol e a Rede, e ampliar essa aliança. Lula vai precisar de um palanque para derrotar o bolsonarismo, ou na figura do [Jair] Bolsonaro ou do Tarcísio [de Freitas]."