Na sessão desta quarta-feira (26), o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) aproveitou seu tempo de fala para enfrentar o MBL (Movimento Brasil Livre) após ser chamado para a contestação do processo que o movimento abriu contra o deputado, onde pede indenização de R$ 20 mil por ser chamado de “organização criminosa” em um discurso na sessão do Conselho de Ética da Câmara.
De forma clara e contundente, sem perder a calma, Glauber reafirmou o que pensa sobre o MBL, ressaltando suas ligações com instituições e defensores do nazismo no Brasil: “Essa é uma oportunidade para que a gente mostre, judicialmente, o que é esse MBL, a relação inclusive que eles têm com membros nazistas de organizações que atuam pelo subterrâneo”, afirmou o deputado do PSOL.
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Glauber continuou: “E eu dou nomes: Benjamin Pontes tá no gabinete do senhor Guto Zacarias, do MBL. Tá lá, será que eles vão dizer qual é a relação que Benjamin Pontes tem com Vicky Vanilla, um nazista declarado nas redes sociais que diz querer fundar um partido nazista”, disse o deputado lembrando que Kim Kataguiri já deu declarações onde afirma ter sido um erro o partido nazista ter sido criminalizado na Alemanha. E termina de forma enfática: “Nós não vamos nos intimidar!”
A ação faz referência a um discurso do deputado na sessão do Conselho de Ética, em 28 de agosto do ano passado, no qual ele classificou o MBL como uma “organização criminosa”. “Não vou pedir desculpas ao MBL. O MBL é uma organização criminosa. E se precisa de alguém no exercício do mandato parlamentar para dizer isso, eu estou aqui para fazê-lo”, declarou Braga na ocasião.
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Além disso, o processo reúne publicações do parlamentar nas redes sociais com ataques ao movimento, em que ele se refere ao grupo como "fascistas" e "milicianos". Segundo o MBL, as declarações ultrapassam os limites da liberdade de expressão e configuram perseguição sistemática, com o objetivo de prejudicar a honra e a reputação do grupo e de seus integrantes.
Além dos R$ 20 mil de danos morais, o MBL quer que Glauber faça uma postagem em suas redes sociais com retratação pública pelas declarações.
Veja o vídeo:
