O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), alvo de um processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara por ter expulso da Casa aos empurrões chutes o influenciador Gabriel Costenaro, membro do Movimento Brasil Livre (MBL), expôs a suposta ligação do grupo com figuras acusadas de associação com o supremacismo branco e o neonazismo.
Durante a sessão do Conselho de Ética sobre seu processo de cassação nesta quarta-feira (31), Braga questionou o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), coordenador do MBL e testemunha no colegiado, sobre possíveis relações de membros de seu grupo com duas figuras acusadas de compartilharem publicações de teor nazifascista.
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Braga iniciou sua exposição perguntando a Kataguiri se ele conhecia Vick Vanilla, David Duke e Benjamin Pontes. Kataguiri respondeu que conhece Benjamin Pontes, assessor do deputado estadual Guto Zacarias, também do MBL, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Em seguida, o parlamentar do PSOL expôs a relação entre esses nomes.
Segundo Glauber Braga, David Duke é um "conhecido supremacista branco antissemita" e "cavaleiro da Ku Klux Klan", sendo supostamente ativo na divulgação de postagens racistas nas redes sociais. Já Benjamin Pontes, assessor do deputado estadual Guto Zacarias e também membro do MBL, teria curtido publicações supremacistas de Duke e de Vick Vanilla, perfil que, de acordo com Braga, é associado a movimentos extremistas de direita nas redes.
Após detalhar essas interações, Braga entregou a Kataguiri cópias das publicações que demonstrariam a relação do membro do MBL com figuras supostamente ligadas ao supremacismo branco. O parlamentar do PSOL também questionou se o grupo tinha conhecimento sobre o envolvimento de um de seus membros com figuras associadas ao extremismo de direita, ao que Kataguiri respondeu negativamente.
"Chegou a mim. Chegou a vários parlamentares, a várias pessoas, mas à coordenação nacional do Movimento Brasil Livre ainda não tinha chegado? Nós vamos acompanhar", declarou Glauber.
Em resposta, Kim Kataguiri afirmou que o MBL abrirá um procedimento para verificar a conduta do membro mencionado por Glauber Braga em sua exposição.
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