Em entrevista ao Fórum Café desta segunda-feira (16), o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) comentou a "cadeirada" de Datena em Pablo Marçal durante o debate da TV Cultura no último domingo.
Braga tem sido alvo de provocações da extrema direita há anos. Ele é alvo de perseguição na Câmara - e está sob risco de cassação - por reagir, em abril, a um militante neofascista do MBL que atacou a mãe do parlamentar, paciente de Alzheimer à época. A mãe de Glauber, Saudade Braga, faleceu um mês depois.
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O parlamentar dissecou as ações do MBL e de Marçal. "A extrema direita faz isso como tática. Eles não querem sair humilhados de uma situação; eles querem, na verdade, deixar um sentido simbólico de humilhação da esquerda porque isso amplia a sua força e o engajamento dos seus seguidores para serem violentos com a esquerda", afirma.
No último debate da TV Cultura, Datena reagiu a uma provocação de Marçal - que afirmou que ele não era "homem" para bater nele - e deu uma cadierada no candidato a prefeito, que está internado no Sírio Libanês.
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"Não dá para caracterizar o caso do Datena, porque ele não é uma figura de esquerda. Durante boa parte da sua vida, o seu programa também", diferenciou.
"Agora, o Pablo Marçal fazem isso o tempo todo. Utilizam isso como instrumento de trabalho e de aglutinação de forças para poder fazer com que os seus projetos de poder se ampliem. É o Pablo Marçal que faz isso aqui, é o Trump que faz isso nos Estados Unidos, é o Bolsonaro e a sua família que sempre fizeram isso e são os aliados dele no Congresso Nacional que fazem a mesma coisa", completou. "Pablo Marçal é uma representação, sem dúvida nenhuma, dessa extrema direita fascista e violenta", conclui o parlamentar.
"Quem é violenta é a extrema direita. A esquerda reage a essa violência e nós temos que nos organizar, nós temos que ter a capacidade de organizar a nossa indignação e a nossa raiva de maneira disciplinada", continua Braga.
Confira a entrevista completa de Glauber ao Fórum Café nesta segunda-feira (16):