Em desespero com a cada vez mais provável condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), a defesa da bolsonarista fez um pedido ao Supremo Tribuna Federal (STF), onde ela está sendo julgada.
Os advogados alegaram não ter a oportunidade de defender a cliente em plenário presencial da Corte. Por isso, encaminharam aos ministros uma solicitação para que peçam vista (mais tempo para analisar).
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Em nota, Daniel Bialski, advogado de Zambelli, reclamou do que chamou de cerceamento do direito de defesa oral no processo. “Essa seria a melhor oportunidade de evidenciar que as premissas colocadas no voto proferido estão equivocadas. Esse direito do advogado não pode ser substituído por vídeo enviado — cuja certeza de visualização pelos julgadores inexiste. Mas, apesar desse cerceamento da defesa, foram ainda enviados e despachados memoriais com os ministros para motivá-los a ter vistas e examinar minuciosamente os autos”, disse.
O caso está sendo julgado no plenário virtual do Supremo, começou nesta sexta-feira (21) e tem prazo para ser concluído até a próxima sexta (28). Três ministros já votaram e o os outros ainda podem fazer o mesmo, pedir prazo extra ou até requerer o envio do processo ao plenário físico.
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Zambelli pode ser condenada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Até agora, o placar está 3 a 0. Votaram pela condenação à pena de 5 anos e 3 meses de prisão e 80 dias-multa, além de perda do mandato, os ministros Gilmar Mendes, relator do caso; Cármen Lúcia, revisora; e Alexandre de Moraes.
O que aconteceu
Em outubro de 2022, véspera do segundo turno das eleições presidenciais, Carla Zambelli sacou uma arma, perseguiu e ameaçou o jornalista Luan Araújo, apoiador do presidente Lula (PT), nas ruas do bairro Jardins, área nobre de São Paulo.
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