O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu inquérito na última quarta-feira (21) para investigar denúncias de que o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) estaria promovendo o desmonte do Poupatempo para privatizar o programa, que revolucionou o atendimento em serviços públicos ao cidadão, como a concessão e renovação de documentos.
A denúncia foi levada ao MP pelo procurador aposentado Fernando Capez e o advogado Guilherme Farid, que foram procurados por funcionários da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo, a Prodesp, responsável pelo chamamento público para contratar uma empresa privada para gerenciar o Poupatempo.
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As informações levadas ao MP pelos funcionários da Prodesp denunciam um esquema de precarização dos serviços para que Tarcísio possa justificar a entrega da companhia para a iniciativa privada. Aa informações são da Folha de S.Paulo.
Para a promotora do Patrimônio Público, Karyna Mori, o governo do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) tenta justificar com o desmonte a privatização do programa, criado há quase 30 anos no governo Mário Covas, que conseguiu transformá-lo em "dos mais eficientes e resolutivos serviços públicos, senão o melhor, e uma referência de boas práticas administrativas e de gestão".
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A promotora ainda ressalta que o processo conduzido por Tarcísio coloca o Poupatempo em "sério risco" que pode causar "grave dano moral à população paulista".
À Folha, o governo paulista, que tem 20 dias para responder ao MP, negou o desmonte alegando que inaugurou 36 novas unidades do Poupatempo no Estado.