Em encontro com o governador paulista e seu ex-ministro, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), durante o lançamento de sua marca de capacetes de grafeno feita de motopeças em São Paulo nesta quarta-feira (12), Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo - e foi atendido - para tentar evitar seu maior medo em relação ao ato convocado para o próximo domingo, dia 16, em Copacabana, no Rio.
Bolsonaro e aliados próximos têm feito um levante para chamar figuras do Centrão e governadores para a manifestação, que tem como bandeira o apoio ao projeto de Anistia, que beneficia o próprio ex-presidente antes mesmo de ser julgado pela tentativa de golpe de Estado.
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No evento em São Paulo, Bolsonaro bajulou o ex-ministro, que troca flertes para ser o candidato da terceira via à Presidência em 2026, dizendo que "Tarcísio tem um grande futuro político aqui no Brasil".
"Nós dois seremos candidatos. Ele vem para a reeleição e eu para Presidência. Eu não aparecer como candidato é uma negação à democracia", emendou o ex-presidente.
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Em troca, Tarcísio teria se comprometido a ir ao ato no Rio de Janeiro, causando certo alívio no ex-chefe.
Bolsonaro e aliados mais próximos buscam esconder o maior temor em relação a domingo: que o ato seja flopado e não gere a fotografia que pretende apresentar a Donald Trump e aliados da ultradireita neofascista internacional para mostrar apoio à sua causa.
Segundo as contas de aliados, seria necessário ao menos 400 mil pessoas em Copacabana para gerar uma imagem aérea mais fechada para provar a narrativa de "perseguição" ao ex-presidente propagada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA.
A dúvida paira justamente pelo esvaziamento dos últimos atos convocados por Bolsonaro. Em 7 de setembro passado, na avenida Paulista, o ex-presidente conseguiu juntar, no auge, 45,4 mil apoiadores, segundo o o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP).
Para efeito de comparação, no ato realizado também na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro de 2024, o público chegou a 185 mil apoiadores do ex-presidente.
Aliados próximos também criticam a escolha de Bolsonaro por Copacabana. A praia na capital fluminense é muito ampla, o que dificulta a imagem de aglomeração.
Além disso, o calorão que tem feito no Rio deve levar bem mais cariocas às praias do que ao ato.