COMBATE AO BOLSONARISMO

Boulos apresenta projetos anti-Véio da Havan e anti-Nikolas Ferreira; entenda

Deputado federal pede apoio da população para pressionar a Câmara e aprovar as propostas

Luciano Hang e Nikolas Ferreira.Créditos: Reprodução/Mario Agra /Câmara dos Deputados
Escrito en POLÍTICA el

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) apresentou dois projetos de lei essa semana que foram apelidados com nomes de bolsonaristas. 

Um deles é o "projeto Véio da Havan". A proposta, segundo Boulos, visa punir empresários que incitem, financiem ou apoiem logisticamente tentativas de golpe de Estado, como foi observado na trama golpista que culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023. 

"Véio da Havan" é o apelido de Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan – um bolsonarista notório que incentivou a tentativa de golpe de Estado e que foi, inclusive, citado pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, em sua delação à Polícia Federal. 

"Qual que é a ideia? Que empresários que incitem, financiem, apoiem logisticamente tentativas de golpe, de ataque à democracia, como aconteceu no 8 de janeiro, sejam punidos no bolso, que é onde eles mais sentem. Com o projeto sendo aprovado, esses empresários vão ser proibidos de fazer qualquer tipo de contrato com o poder público, participar de licitações e de ter empréstimos em bancos públicos. A ideia é que, mexendo no bolso, a gente desestimule que ocorra toda aquela operação de financiamento que teve no 8 de janeiro", explicou Boulos em vídeo divulgado nas redes sociais. 

"Chamar de PL Véio da Havan é justamente para reconhecer o simbolismo que esse cidadão teve. Falou para o Bolsonaro virar a mesa depois da vitória do Lula, foi pego em grupo de WhatsApp pela Polícia Federal incitando o golpe, saiu na delação do Mauro Cid", prosseguiu o parlamentar. 

Boulos chegou a lançar um abaixo-assinado online para que a população demonstre apoio à proposta e pressione a Câmara a aprovar o projeto. 

Confira: 

Projeto anti-Nikolas Ferreira 

O outro projeto apresentado por Guilherme Boulos ganhou o apelido de "PL anti-Nikolas Ferreira" pois visa combater a disseminação de notícias falsas que impactem a economia brasileira, como foi o caso da fake news do imposto do Pix, que viralizou após um vídeo do deputaod Nikolas Ferreira (PL-MG) sugerindo que o governo Lula teria planos de aplicar um imposto sobre as transações via Pix. 

"A mentira de Nikolas Ferreira sobre o Pix não pode se repetir. Acabamos de protocolar na Câmara nosso Projeto de Lei (151/2025) que tipifica a divulgação desse tipo de fake news como crime contra a economia popular. Vamos enfrentar cada uma das mentiras bolsonaristas. Pau neles!", detalhou Boulos. 

Os crimes contra a economia popular, previstos na Lei nº 1.521/1951, são condutas que prejudicam o equilíbrio econômico e financeiro da sociedade, causando danos a consumidores ou desestabilizando o mercado. Esses crimes incluem práticas como especulação, disseminação de boatos, manipulação de preços, fraudes e qualquer ação que possa enganar ou prejudicar o público em geral. O caso de Nikolas se enquadra nessa categoria, pois ao propagar desinformação sobre taxação do Pix, ele gerou alarme social e confusão entre os cidadãos, interferindo negativamente na confiança das pessoas em serviços essenciais e na própria administração pública.

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