O sertanejo Gusttavo Lima, que nunca escondeu seu apoio a Jair Bolsonaro (PL), animou, recentemente, uma ala da extrema direita. O cantor cogitou a possibilidade de se candidatar à presidência da República em 2026. Porém, ele esqueceu de revelar que está em dívida com a Justiça Eleitoral.
Informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que Nivaldo Batista Lima, nome verdadeiro do cantor, não apareceu para votar nas eleições do primeiro turno em 2022 e também não compareceu em nenhum dos turnos do pleito municipal de 2024.
Te podría interesar
Além de não cumprir seu dever, Nivaldo não justificou a ausência em ambos os casos. Apesar de milionário, o sertanejo deve à Justiça Eleitoral a quantia de R$ 10,53, sendo R$ 3,51 por ausência não justificada, de acordo com informações do jornal Folha Z.
Conforme diz a lei eleitoral, as pendências não causam inelegibilidade. Porém, Nivaldo precisa regularizar a situação, caso resolva mesmo concorrer nas eleições.
Te podría interesar
Como governo Lula reagiu à possível candidatura do sertanejo
O anúncio feito por Gusttavo Lima de que se candidatar à presidência da República em 2026 pegou todos de surpresa. Isso porque o cantor é apoiador de Bolsonaro e amigo de Ronaldo Caiado, governador de Goiás e já autodeclarado pré-candidato ao Palácio do Planalto no próximo pleito.
Nas redes sociais, a possível candidatura do sertanejo vem sendo tratada como chacota. Entretanto, no Planalto, a postura é diferente.
Na segunda-feira (3), durante a abertura do ano legislativo no Congresso Nacional, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi questionado por jornalistas sobre o fato de Gusttavo Lima querer ser presidente.
O nome do cantor, inclusive, já foi testado em uma pesquisa Quaest que o apontou como o nome mais competitivo da direita para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição do ano que vem.
Segundo Padilha, o governo Lula "leva a sério" a possível candidatura do artista. O ministro afirma ainda que até mesmo uma eventual candidatura de Bolsonaro é considerada – ainda que o ex-presidente esteja inelegível até 2030 e corra o risco de ser preso.
"Eu levo a sério a candidatura de todo mundo. Qualquer um que queira ser candidato tem que se filiar a um partido, participar da política. Levo a sério qualquer candidatura, não faço chacota de qualquer candidatura. Até de candidato a presidente inelegível a gente leva a sério", declarou.
Siga o perfil da Revista Fórum e do jornalista Lucas Vasques no Bluesky.