O senador Davi Alcolumbre (União-AP), que foi eleito presidente do Senado neste sábado (1), declarou durante entrevista à Globonews que não vai impedir que os senadores bolsonaristas discutam a anistia aos golpistas, mas que não vai colocar a matéria para votação. De acordo com Alcolumbre, a pauta da anistia "não pacifica o Brasil" e não é "a agenda do brasileiro".
"Eu digo isso todo dia, a toda hora, a todo instante. Temos que nos dedicar à agenda que possa promover a pacificação do Brasil. Esse assunto (projeto de anistia) não vai pacificar o Brasil. Se continuarmos trazendo à tona assuntos que levam à discórdia em vez da concórdia, vamos passar pelos corredores do Senado e ver senadores agredindo uns aos outros. E quando um senador agride o outro por causa de uma única agenda, ele não está interessado na agenda do brasileiro, que não é essa", disse Alcolumbre.
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Em seguida, o novo presidente do Senado afirmou que vai trabalhar em torno de pautas que tenham como objetivo diminuir a pobreza dos brasileiros. "A agenda do brasileiro é a gente trabalhar todos os dias, incansavelmente, para diminuir a pobreza no país, nos rincões do país”, concluiu Davi Alcolumbre.
Davi Alcolumbre confirma favoritismo e se elege presidente do Senado pela segunda vez
O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito neste sábado (1º) presidente do Senado Federal para o biênio 2025-2027 com 73 votos dos 81 senadores. Em uma disputa que contou com a participação de Marcos do Val (Podemos-ES), Eduardo Girão (Novo-CE), que recebeu 4 votos, Astronauta Marcos Pontes (PL-SP/), que recebeu 4 votos, e Soraya Thronicke (Podemos-MS), Alcolumbre confirmou o favoritismo e obteve xx votos, garantindo sua vitória no primeiro turno.
Com a eleição, ele sucede Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e reassume o comando da Casa, cargo que ocupou anteriormente entre 2019 e 2021. Durante seu primeiro mandato como presidente do Senado, Alcolumbre conduziu tramitação de pautas econômicas, como a reforma da Previdência, além de coordenar medidas emergenciais em meio à pandemia de Covid-19.
Agora, Alcolumbre retorna ao comando da Casa com apoio de uma ampla coalizão, incluindo parlamentares tanto da base do governo Lula quanto da oposição. Como presidente do Senado, ele também assume a presidência do Congresso Nacional, função que lhe confere a prerrogativa de definir a pauta de votações, conduzir sessões conjuntas com a Câmara dos Deputados e deliberar sobre pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além da eleição de Alcolumbre, também foi decidida a composição da Mesa Diretora, que ficou assim:
1º Vice-presidente: Eduardo Gomes (PL-TO)
2º Vice-presidente: Humberto Costa (PT-PE)
1ª secretaria: Daniella Ribeiro (PSD-PB)
2ª secretaria: Confúcio Moura (MDB-RO)
3ª secretaria: Ana Paula Lobato (PDT-MA)
4ª secretaria: Laércio Oliveira (PP-SE)
Suplentes: Chico Rodrigues (PSB-RR)
Quem é Davi Alcolumbre
Davi Alcolumbre, 46 anos, é senador pelo Amapá desde 2015 e filiado ao União Brasil. Antes de chegar ao Senado, foi vereador em Macapá e deputado federal por três mandatos (2003-2015). Em 2019, tornou-se presidente do Senado, derrotando Renan Calheiros (MDB-AL) em uma eleição marcada por disputas internas e contestação sobre a validade dos votos.
Durante sua gestão (2019-2021), Alcolumbre atuou na articulação de reformas econômicas e na liberação de recursos emergenciais na pandemia de Covid-19. Sua condução da Casa foi criticada por concentrar decisões e por dificuldades na tramitação de propostas no segundo ano do mandato.
Após deixar a presidência, Alcolumbre manteve influência nos bastidores, presidindo a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerado o colegiado mais importante do Senado.