Ainda na esteira do turbilhão causado pela demissão de Silvio Almeida do governo em meio denúncias de assédio, Lula recebeu a indicação de três mulheres negras para assumir o Ministério dos Direitos Humanos, que está sendo comandado interinamente por Esther Dweck, que também comanda a pasta de Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
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No fim de semana, diversos nomes passaram a circular no entorno do governo. No entanto, Lula teria sido claro que deseja uma mulher negra para assumir o comando do Ministério, na tentativa de estancar de vez a crise instalada.
Coube à presidenta nacional, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) levar as indicações a Lula na noite deste domingo (8), segundo a jornalista Ana Flor, em seu blog no G1.
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O principal nome é o da mineira Macaé Evaristo, ex-secretária de Educação no governo Fernando Pimentel (2015-2018) e atual deputada estadual em Minas Gerais pelo PT.
Mestre em Educação, Macaé atuou como Secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, no Governo Dilma Rousseff.
A indicação foi comemorada nas redes por Gleide Andrade, secretária nacional de Finanças e Planejamento e membro da Executiva da sigla.
"Recebemos com muita alegria a provável indicação da querida Deputada Estadual, minha amiga pessoal, Macaé Evaristo para o Ministério da Cidadania e Direitos Humanos do governo Lula. Macaé possui a experiência e a sensibilidade necessárias para assumir essa missão e auxiliar o Presidente Lula na união e reconstrução do Brasil", escreveu Gleide na publicação, compartilhada com Macaé Evaristo.
Ao jornal O Globo, Macaé disse que a decisão cabe ao "comandante".
"Eu acho que essa é uma decisão do presidente Lula, ele que é o grande comandante, ele que tem que tomar. Lamento tudo o que aconteceu, me solidarizo com todas as vítimas, isso tem que ser resolvido de maneira rápida e tranquila. Esse é um ministério muito importante para todos nós. Milito na pauta dos direitos das crianças e adolescentes e sei a importância desse ministério para essa agenda".
Minas e Rio
Além da deputada, outra mineira teria sido sugerida na lista tríplice apresentada por Gleisi a Lula: Nilma Lino Gomes, que atuou como Ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no governo Dilma Rousseff, de 1º de janeiro a 2 de outubro de 2015.
Assim como Macaé, Nilma é mestre em Educação com a dissertação "A trajetória escolar de professoras negras e a sua incidência na construção da identidade racial - um estudo de caso em uma escola municipal de Belo Horizonte". Ela também é doutora em Antropologia Social pela USP e pós-doutora em Sociologia pela Universidade de Coimbra, em Portugal.
Para finalizar, a lista inclui ainda um quadro histórico do PT: a deputada federal fluminense Benedita da Silva (PT-RJ).
Aos 82 anos, a ex-governadora do Rio é fundadora do PT e está em seu terceiro mandato consecutivo na Câmara Federal.
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