Guilherme Boulos, candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, se adiantou a Pablo Marçal (PRTB) e destruiu a tentativa do coach de extrema direita de criar uma fake news envolvendo seu nome durante debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo (SP) promovido por Folha de S. Paulo e UOL na manhã desta segunda-feira.
Ao ser questionado por uma jornalista sobre a mentira que inventou associando Boulos ao uso de cocaína, utilizando um homônimo do deputado federal, Marçal deu a senha para o que seria mais uma armação contra o deputado do PSOL.
"Espraiada. Hospital do Servidor. Prometi mostrar na última semana e vou fazer isso", disparou Marçal.
O psolista pediu para usar parte de seu tempo e responder à provocação, explicando o que significa "Hospital do Servidor" e, consequentemente, destruindo a tentativa de Marçal de criar um factoide às vésperas do primeiro turno.
Boulos explicou que, quando tinha 19 anos, ficou alguns dias internado no Hospital do Servidor para tratar de um quadro de depressão crônica. Provavelmente, a ideia de Marçal seria mentir que Boulos foi internado por algum problema relacionado ao uso de drogas, como já sinalizou em outras ocasiões.
"A baixaria do Marçal nao tem limite. Sabe o que ele quer dizer aqui? Primeiro, ele inventou a mentira trabalhando com um homônimo. Para confundir o eleitor. Agora, quando ele cita o Hospital do Servidor, ele está se referindo a um período quando eu tinha 19 anos que enfrentei uma depressão crônica e fiquei alguns dias no Hospital do Servidor, como acontece com muitos jovens (...) Nunca falei isso publicamente. E me recuperei. Isso pode ser confirmado por todos os médicos que trabalham lá. Uma pessoa como essa [Marçal] não tem condições de ser candidato a prefeito de São Paulo", disse Boulos.
Marçal, então, mudou de assunto e perguntou se Boulos já usou cocaína ou maconha algum dia na vida. O candidato do PSOL, então, foi direto:
"Nunca usei cocaína, para que fique muito claro, não uso droga. E já que ele quer saber: maconha eu provei uma vez quando adolescente e nunca mais".
Assista ao debate: