A TV Cultura endureceu as regras e poderá expulsar o candidato que desrespeitar as regras definidas em acordo com as campanhas para o debate entre os postulantes a prefeito de São Paulo, que acontece às 22h deste domingo (15).
Não haverá plateia e os candidatos terão que escolher apenas três assessores para acompanhá-los no estúdio.
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A emissora proibiu o uso de celulares para fotografar ou filmar, o que vai de encontro principalmente à estratégia de Pablo Marçal (PRTB), que tem usado os debates para gravar lacrações para serem propagadas nas redes.
Os candidatos também foram proibidos de exibir objetos e documentos - como a carteira de trabalho usada pelo ex-coach para provocar Guilherme Boulos (PSOL) - e não poderão usar adereços, como bonés.
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Os assessores poderão usar os celulares apenas para consultas. Palavrões também não serão permitidos e os candidatos não poderão deixar seus lugares durante o embate.
Caso o mesmo candidato desrespeite as regras por três vezes, ele e os assessores serão expulsos do debate.
Além de Boulos e Marçal, confirmaram presença Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo).
O debate na TV Cultura terá cinco blocos, sendo o primeiro de perguntas sobre os programas de governo. Haverá confrontos diretos do segundo ao quarto blocos. O último está reservado para considerações finais.
Clima de guerra
O endurecimento das regras se deu em razão do clima de guerra instalado na campanha e da tensão com a participação de Marçal, que usa a estratégia de desestabilizar emocionalmente os adversários com provocações e acusações infundadas.
Após acusar Boulos de ser usuário de drogas no primeiro debate e mostrar uma carteira de trabalho para provocá-lo, o ex-coach provocou Datena no debate da TV Gazeta.
Em queda na pesquisa Datafolha, Marçal entrou em desespero na última sexta-feira e prometeu "a maior baixaria de todos os tempos" no debate deste domingo.
"O que eu espero é que seja a maior baixaria de todos os tempos, porque eles estão brincando com a honra das pessoas e, de forma deliberada, destruindo a história que a gente construiu. Não esperem que eu poupe ninguém naquele debate. Vou mostrar proposta, mas vou ser bem duro", disse em campanha na Faria Lima.
Após declarar "guerra espiritual", o ex-coach vai partir para cima de Ricardo Nunes (MDB), com quem disputa os votos da extrema-direita bolsonarista.
Boulos deve seguir a estratégia de colar em ambos a pecha de "duas faces da mesma moeda" por buscarem o apoio de Jair Bolsonaro (PL).