Um levantamento do jornal O Globo explicitou uma disputa interna no Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nas eleições municipais, existe um racha claro entre novos aliados escolhidos por Valdemar Costa Neto e figuras mais radicais, ligadas mais intimamente ao bolsonarismo.
O grande exemplo é São Paulo, em que Valdemar da Costa Neto implementou um acordo com o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), mas sem o apoio da base de extrema direita, que pende cada vez mais para Pablo Marçal (PRTB).
Bolsonaro não apoia publicamente o coach evangélico, mas sua base eleitoral e alguns de seus aliados mais próximos já tem abandonado o barco de Nunes.
Outros rachas
Em outras cidades do estado, Valdemar e Bolsonaro divergem abertamente sobre os candidatos. Em Guarulhos, o inelegível apoia Jorge Wilson (Republicanos) e Valdemar aposta em Lucas Sanches (PL).
Outros conflitos estão desenhados em Ilhabela e em São Bernardo do Campo.
Além disso, a aliança do PL com alguns partidos de esquerda em coligações de cidades do interior e a movimentação do partido para o centro tem desagradado os mais extremistas dentro do partido, que pregam uma divisão clara entre a ala bolsonarista e a ala mais tradicional da política.
Michelle Bolsonaro tem sido uma fiel escudeira, dentro da família Bolsonaro, das alianças costuradas por Valdemar Costa Neto. Em São Paulo, provocou Pablo Marçal. Além disso, o inelegível "torceu o nariz" porque o PL incluiu o nome de Michelle nas últimas pesquisas para testar nomes para ser o "anti-Lula" na próxima disputa presidencial.