Após uma primeira etapa morna, o clima no debate promovido pelo Estadão, Terra e Faap entre os candidatos à prefeitura de São Paulo (SP) esquentou na manhã desta quarta-feira (14) em um embate entre Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Pablo Marçal (PRTB).
No momento em que os dois candidatos foram perguntados sobre "cidades inteligentes", Boulos afirmou que Marçal sequer deveria estar participando do debate, já que no último encontro entre os postulantes à prefeitura da capital paulista o "coach" bolsonarista havia afirmado que abandonaria a disputa caso alguém mostrasse sua sentença de prisão por fraude bancária. Boulos o fez e relembrou o fato.
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"Marçal, você não devia estar aqui. No último debate disse que deixaria candidatura se eu mostrasse a condenação de ladrão de banco. Eu mostrei. Você não tem palavra", afirmou Boulos, emendando uma pergunta sobre os Centros Educacionais Unificados (CEUs) criados na gestão de Marta Suplicy, que hoje é candidata a vice do postulante do PSOL.
Marçal, então, respondeu disparando a fake news de que Boulos teria sido preso três vezes e promovendo ataques a figuras do PT como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro José Dirceu. Boulos, por sua vez, chamou o bolsonarista de "mentiroso compulsivo" e "Padre Kelmon" desta eleição.
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O bolsonarista, na sequência, voltou a sugerir que Boulos seria usuário de cocaína, mesmo após ser obrigado pela Justiça Eleitoral a retirar publicações com este teor das redes sociais, ao que o candidato do PSOL subiu ainda mais o tom.
"Gente, o que fazer com um cidadão desses? É indignante. Vem aqui e inventa uma mentira sobre droga, fala do pai da Tabata [Amaral]. Não tem limite ético, é uma pessoa rebaixada. Às vezes penso se você é mau-caráter ou psicopata. Vem aqui para mentir, atacar pessoas (...) Você é um mentiroso, canalha, alguém que não vale nada", criticou Boulos.
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