O Senado deu um passo adiante na criação do Dia Nacional do Pastor Evangélico, que será celebrado anualmente no segundo domingo de junho. O projeto de lei foi aprovado na Comissão de Educação e Cultura (CE) nesta terça-feira (13). Caso não haja pedido para que seja votado no Plenário, o texto seguirá diretamente para sanção presidencial.
O Projeto de Lei 4.029/2021, oriundo da Câmara dos Deputados, recebeu parecer favorável do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), que propôs ajustes na redação. A data já é celebrada oficialmente em algumas localidades, como Aparecida (SP), onde, em 2023, uma lei municipal incluiu o Dia Municipal do Pastor Evangélico no calendário oficial.
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Segundo o Censo de 2010, 22,5% da população brasileira se declarava evangélica. Os dados do Censo de 2022, realizados pelo IBGE, ainda estão em fase de processamento. Entretanto, uma pesquisa do Datafolha de 2020 revelou que 31% dos brasileiros se identificavam como evangélicos.
Zequinha Marinho alterou o texto original do projeto para incluir também as mulheres, instituindo assim o Dia Nacional da Pastora Evangélica e do Pastor Evangélico. Ele destacou o compromisso desses líderes religiosos em promover uma vida baseada em princípios bíblicos, contribuindo significativamente para a educação religiosa e a formação espiritual.
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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) elogiou o parecer do senador Marinho, ressaltando que a criação de uma data específica permite o reconhecimento e a ampliação do debate sobre o papel dessas lideranças, especialmente em pequenas comunidades, onde a presença do Estado é limitada.
A votação foi conduzida pelo presidente da CE, senador Flávio Arns (PSB-PR). Com a aprovação da emenda que inclui as pastoras, o projeto não precisará retornar à Câmara dos Deputados e poderá ser sancionado diretamente pelo presidente. Se não houver oposição no Plenário, a data será oficializada, permitindo que o Brasil celebre anualmente a dedicação e o trabalho dos pastores e pastoras evangélicos.
Qual é a origem do Dia do Pastor?
A origem do Dia do Pastor remonta a 5 de maio de 1955, quando o Jornal Batista publicou um artigo sobre o tema, solicitando uma oferta para líderes cristãos aposentados que necessitavam de complementação de renda. Inicialmente, essa ajuda financeira estava associada à celebração do Dia da Junta da Beneficência, mas o apoio não foi significativo. Como a maioria dos beneficiados eram ministros do evangelho, o nome da data foi alterado para Dia do Pastor.
No entanto, como o segundo domingo de maio já era destinado à comemoração do Dia das Mães, surgiu a necessidade de mudar o mês da celebração. Assim, ficou decidido que o Dia do Pastor Evangélico seria celebrado no segundo domingo de junho.